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1. INTRODUÇÃO

Uma pessoa pode ter tudo, mas se não possuir inteligência emocional, podemos considerar que essa pessoa está condenada. Reconhecer e gerir as emoções faz parte do nosso dia a dia. Regula-mo-nos e comunicamos com outras pessoas diariamente. Nas nossas interações, a comunicação eficaz proporciona-nos a capacidade de entender as emoções dos outros, de estarmos cientes dos nossos próprios gatilhos emocionais e dos que estão à nossa volta, além de aprendermos a habilidade de construir melhores relações.

Escrevi um livro intitulado Autêntica Mentalidade de Liderança, publicado na Amazon em 2024, e o capítulo 13 do livro fala sobre emoções. Vou incluir excertos do livro para integrar com este artigo. Este artigo adota uma abordagem criativa, como forma de interesse no tema da inteligência emocional e comunicação eficaz.

“Não deixe que as suas emoções superem a sua inteligência”. – Sadhguru

2. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

As emoções na liderança têm a ver com a arte de despertar sentimentos, por exemplo, através de um discurso emocional. A inteligência emocional é a capacidade de gerir os próprios sentimentos e os sentimentos dos outros à nossa volta. O objectivo final de um líder é direcionar as emoções para a positividade e a paz. As suas palavras ou ações devem aliviar o stress dos seus seguidores. Este ato deve ser verdadeiro, mesmo que a verdade seja amarga.

“A verdade liberta, mas primeiro vai magoar”. – Pastor Sithembiso Zondo

Deve saber quando liderar pela cabeça (lógica) e quando liderar pelo coração (sentimentos), encontrando o equilíbrio. Não há uma abordagem certa ou errada, pois é da natureza das pessoas usarem mais a cabeça ou o coração. Como líder, precisa de encontrar o pescoço. O pescoço é uma ponte entre a cabeça e o coração. É uma característica de equilíbrio. A situação que está a viver no momento deve guiá-lo, e é por isso que precisa de inteligência emocional para saber qual abordagem usar e em que situação.

As emoções são muito complexas e têm sido estudadas intensivamente na psicologia. A famosa Teoria de James-Lange das emoções apresenta três proposições. A primeira é que as respostas corporais são reflexivas e ilimitadas, o que significa que existem muitos padrões e uma variedade de emoções que as pessoas podem experimentar. A segunda proposição é que as respostas corporais são reconhecidas e refletem a consciência emocional. A terceira proposição é que uma emoção não é aprendida, mas sim uma resposta reflexiva a um objeto ou situação excitante. Isto significa que o que se experiencia com os sentidos gera uma sensação sobre o que deve sentir.

Isto significa que, como líder, precisa de estar ciente dos seus sentimentos para poder controlar as suas emoções. Líderes que não controlam as suas emoções podem ser vistos em público a explodir de raiva, a chorar, a ficar excessivamente excitados, etc. No entanto, como líder, precisa de manter a calma e estar equilibrado. A razão para manter a calma é que as pessoas que está a liderar podem não ver as coisas da mesma forma que você, mas podem reagir à sua reação emocional.

As emoções negativas devem ser controladas, pois afetam o conceito de si próprio, e incluem características como raiva, desprezo, nojo, culpa, medo e nervosismo. Avalie-se e descubra se consegue controlar as suas emoções. Se sim, quais dessas emoções negativas são as mais dominantes? Pode praticar o controlo, fazendo pausas mais longas entre frases quando algo ou alguém tentar tocar nas emoções negativas que o desencadeiam. Pode decidir discutir o assunto em questão mais tarde, quando estiver emocionalmente preparado.

Praticar uma abordagem calma e controlada sempre que possível é muito importante e melhora a imagem e o carácter do líder. Isso não significa que não possa escorregar devido a frustração ou excitação, mas que isso deve ser uma exceção, ocorrendo uma vez em dez situações ou probabilidades.

“Quando não há inimigo interior, o inimigo exterior não pode magoar-te.” – Provérbio Africano

A liderança eficaz já não se baseia apenas na inteligência intelectual, nas competências técnicas ou na visão. No mundo interligado e acelerado de hoje, os líderes também devem possuir inteligência emocional (IE) para inspirar, motivar e levar as suas equipas ao sucesso.

3. A IMPORTÂNCIA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA LIDERANÇA

Inteligência emocional refere-se à capacidade de reconhecer e entender as emoções em si próprio e nos outros, utilizando essa consciência para orientar o pensamento e o comportamento. Envolve auto-consciência, auto-regulação, motivação, empatia e habilidades sociais. Este tipo de inteligência é especialmente importante na liderança, porque, uma vez que consiga usar uma abordagem clínica associada à inteligência, como líder, irá beneficiar. Importa porque pode construir confiança, o que fomenta uma comunicação aberta, transparência e cria uma cultura de confiança.

A montanha-russa emocional de um líder pode afetar a produtividade. Quando você, como líder, dominar a habilidade de gerir as emoções, pode aumentar a produtividade ao entender as forças, fraquezas e motivações dos membros da equipa, e também ao otimizar as tarefas do projeto. Ao lidar com equipas, é inevitável haver colaborações ou conflitos. A inteligência emocional ajuda-o a navegar pelos conflitos, facilitar o trabalho em equipa e promover um ambiente de trabalho positivo.

É certo que um líder deve tomar decisões. A inteligência emocional ajuda-o a desenvolver habilidades de tomada de decisões eficazes. Como líder, precisa de considerar as implicações emocionais das decisões e garantir escolhas mais informadas, com uma visão das consequências das decisões tomadas. Por fim, a inteligência emocional apoia a adaptabilidade, permitindo aos líderes lidar com mudanças, ambiguidade e incerteza.

4. ASPECTOS ESSENCIAIS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA LIDERANÇA

Já mencionei que a inteligência emocional ajuda os líderes a entenderem-se a si próprios e aos outros. Gosto de enfatizar que o líder deve conhecer-se a si próprio. Em primeiro lugar, o líder deve ser auto-consciente das suas emoções, forças e fraquezas. Em segundo lugar, o sucesso tende a seguir os líderes que têm empatia, e isto é demonstrado através da compreensão das emoções e perspectivas dos membros da equipa. Mostrar empatia é demonstrado, em terceiro lugar, por uma comunicação eficaz com interações claras e respeitosas. Esta ação ajuda, em quarto lugar, a resolução de conflitos, gerindo disputas de forma construtiva. Por último, o coaching e a mentoria são outros aspectos importantes, pois é aí que o líder desenvolve as competências dos membros da equipa.

Como líder, pode desenvolver a inteligência emocional através da prática da auto-reflexão e da introspeção, incentivando críticas construtivas para consigo próprio, engajando-se numa escuta ativa, concentrando-se nas preocupações dos outros em vez das suas, e desenvolvendo empatia ao colocar-se no lugar dos outros.

5. COMUNICAÇÃO EFETIVA

A comunicação eficaz consiste em transmitir informações, ideias, pensamentos, opiniões e sentimentos de forma clara, concisa e compreensível. O líder garante que a mensagem chega e é interpretada corretamente pelo público-alvo.
A comunicação pode ser verbal ou não verbal. O público julga a comunicação verbal avaliando a articulação, o tom, o ritmo, o volume e a linguagem. Além disso, a comunicação não verbal também é julgada pela linguagem corporal, contacto visual e proximidade, como o espaço entre as pessoas.

A comunicação eficaz e a inteligência emocional estão interligadas, pois a inteligência emocional melhora as competências comunicativas, enquanto a comunicação eficaz fortalece a inteligência emocional. A inteligência emocional reconhece os sinais emocionais na comunicação, entende as emoções dos outros, transmite necessidades emocionais, gere conflitos com consciência emocional e ajusta o estilo de comunicação ao público para tornar a comunicação eficaz. A combinação de todos estes aspetos beneficia o líder e os seguidores. Portanto, os líderes emocionalmente inteligentes devem prestar atenção à forma como a comunicação é realizada, ao que deve ser comunicado, ao timing da comunicação e à relevância da informação transmitida.

6. LIÇÕES A APRENDER PELOS LÍDERES

Os líderes devem aprender a comunicar eficazmente durante os períodos de mudança e incerteza. A comunicação deve ser adaptada para atender às diversas necessidades das equipas diversas. Existe também o fator da tecnologia em constante mudança, o que significa que os líderes devem integrar a tecnologia e tirar partido das suas ferramentas digitais para melhorar a comunicação. Geograficamente, a tecnologia tornou o mundo mais pequeno e conecta as pessoas digitalmente de todos os cantos do planeta, o que traz a responsabilidade adicional de aprender sobre as diversas culturas. Possuir inteligência emocional ajuda o líder a lidar com as diferenças culturais e a comunicar eficazmente.

7. CONCLUSÃO

Os principais pontos deste artigo podem ser resumidos indicando que a inteligência emocional e a comunicação eficaz são interdependentes. Desenvolver inteligência emocional melhora as competências comunicativas. A comunicação eficaz fortalece a inteligência emocional, e a combinação de ambos os aspectos produz relações mais fortes, melhora a colaboração e aperfeiçoa a tomada de decisões.